1. Sereno finda o dia hibernal, Pesado véu envolve a Criação; Em reverente e grave ritual, As trevas descem pela amplidão. Tudo convida a alma a meditar Na majestade da divina mão, Que a tempestade e as dores faz calmar Em gesto de amor e de perdão!
2. Enquanto a noite baixa o negro véu, Extasiado a vejo projetar Em suntuoso e mágico painel Cenas antigas, cenas de meu lar. Onde irá buscar meu coração Dessas lembranças o manancial? Onde habita a recordação, País de maravilhas sem igual!
3. Longe, além, nos vales de Sião, Nos altaneiros picos imortais, Onde há fartura em grande profusão E o grato som de cantos joviais; Como um rosal o ermo refloriu E a boa nova ao mundo proclamou, Chamando os homens todos ao redil, Que o grande Criador nos restaurou!